domingo, 26 de janeiro de 2014

AULA DE CAMPO SOBRE OS CASARÕES DE ASSÚ



Ontem 25, a turma do segundo período de história da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, Campus avançado Prefeito Walter de Sá Leitão-CAWSL. Participaram de uma aula de campo no centro da Cidade do Assú/RN. Que teve com objetivo:
   ·  Localizar e observar a integridade dos casarões e monumentos. Grau de preservação e mudanças na estrutura física e arquitetônica.
  · Perceber a importância dos casarões e monumentos como fontes históricas e arqueológicas.
Percebemos o descaso que as autoridades têm com esses casarões.  
Com diz: Ivan Pinheiro Bezerra
Quando menos se esperar, os velhos solares que representam toda uma paisagem arquitetônica, humana e sentimental de várias gerações, desaparecerão.
Mais vítimas do esquecimento do que a impregnada tessitura do tempo, deles, restará apenas às fotografias e as lamentações de quem reconhecem o valor desse patrimônio.
Sem tombamento, alguns antigos imóveis já foram vítimas da “eutanásia” para dá lugar a supermercados...








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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

LIÇÃO 4 A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA

INTRODUÇÃO
A morte visitou o Egito e em uma noite de pavor todos os filhos e animais primogênitos morreram (Ex. 11.6; 12.30). Mas a morte não alcançou os hebreus, eles foram preservados pelo Senhor. Na aula de hoje, estudaremos a respeito desse grandioso livramento de Deus, que demarcou a celebração da Páscoa para os hebreus. Ao final, destacaremos que Cristo, o Salvador, tornou-se a Páscoa para os cristãos, e que através do memorial da Ceia do Senhor, celebramos Sua morte e ressurreição.

1. A PÁSCOA ISRAELITA E OS EGIPCIOS
A décima praga foi a mais terrível de todas para os egípcios, pois em virtude do endurecimento do coração de Faraó, os mensageiros da morte visitaram a terra, e como diz o salmista, “lançou contra eles o furor da sua ira: coleta, indignação e calamidade, legião de anjos portadores de males (Sl. 78.49). Moisés inicialmente ouviu a Palavra de Deus, e foi ao palácio a fim de entregar a mensagem profética do Senhor (Ex. 10.24-29). Como profeta de Yahweh, revelou a Faraó que ele pagaria um preço por ter causado tantos danos ao povo de Deus. Todos os primogênitos do Egito seriam mortos, isso porque para aquela cultura os primogênitos eram considerados sagrados, até mesmo entre os hebreus (Ex. 4.22; Jr. 31.9; Os. 11.1). Ademais, não podemos deixar de destacar que outro Faraó quis exterminar os filhos dos hebreus, por isso, o Deus de Israel estava, através dessa praga, vingando a morte dos filhos do Seu povo (Ex. 4.22,23). Muito embora sejamos ensinados a não buscar vingança (Mt. 7.1,2), sabemos, no entanto, que Deus, ao Seu tempo, julgará aqueles que se opõem e perseguem os que servem a Ele, tendo em vista que o homem ceifará o que plantar (Gl. 6.7). A fim de preservar seus primogênitos, os hebreus celebraram sua Páscoa, através da morte de um cordeiro, sendo o seu sangue colocado na verga e nos umbrais da postas das casas onde viviam as famílias israelitas (Ex. 12.6-13;21-14). Essa atitude apontava para o derramamento do sangue do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo. 3.14-17), pois sem esse não haveria remissão de pecado (Hb. 9.22). Jesus foi nosso substituto, tendo morrido pelos nossos pecados, tomando o castigo a nós destinado (Is. 53.4-6; I Pe. 2.24). Quando o anjo da morte passou para ceifar a vida dos primogênitos, não tocou nos filhos dos hebreus, ao verem o sangue nos umbrais (Ex. 12.13). De igual modo, todos aqueles que creem em Cristo como Salvador estão livres da morte eterna (Jo. 3.16; I Jo. 2.2).

2. OS PROCEDIMENTOS PARA A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA
A palavra páscoa quer dizer passagem em hebraico, em alusão à passagem da morte que passaria pelas casas, ceifando as vidas dos primogênitos. Aos hebreus, para escaparam de tal juízo, cabiam observar os procedimentos dados por Deus. Eles mergulhavam os ramos de uma planta denominada hissopo na bacia com o sangue do cordeiro e o colocava nas vergas e umbrais das portas (Ex. 12.22). Em seguida, essa mesma planta era usada para aspergir o sangue que confirmava a aliança de Deus com o Seu povo (Ex. 24.1-8). O cordeiro havia sido assado e comido às pressas, o povo deveria estar pronto para partir logo que fosse dado um sinal (Ex. 12.8,11,46). A refeição consistia do cordeiro assado, pães asmos e ervas amargas, antecipando, assim, o sacrifício vicário de Cristo. O pão era sem fermento porque não havia tempo para que esse crescesse (Ex. 12.39), além de ser este um símbolo de impureza para os hebreus. A Palavra de Deus associa o fermento com o pecado, bem como com os falsos ensinamentos (Mt. 16.6-12; Gl. 5.1-9) e a hipocrisia (Lc. 12.1). A igreja do Senhor não pode se envolver com práticas pecaminosas, antes deve viver em santidade, sem se deixar contaminar com o fermento do mundo (I Co. 5.6-8). Outro procedimento foi usado, qualquer carne que sobrasse da festa deveria ser queimada, aquele cordeiro era especial, não deveria ser tratado como uma alimentação normal. Aquela refeição foi preparada para a família (Ex. 12.3,4), isso mostra que Deus atenta para a proteção dos lares. A igreja, como um todo, é uma família, que se une para lembrar a morte e ressurreição do Cordeiro de Deus (Ef. 2.21; 3.15;4.16).  O caráter memorial da páscoa israelita (Ex. 12.14-43) fora retomado pela fé cristã, a fim de celebrar o sacrifício de Cristo, na cruz do calvário (Mt. 26.26; I Co. 11.23-25). A páscoa israelita era celebrada em nome do Senhor, recordando o cumprimento das Suas promessas (Ex. 11.1-8; 12.31-36). Na noite da Páscoa se cumpriram as promessas dadas por Deus a Abraão, muitos séculos antes (Gn. 15.13,14). De fato, “nem uma só palavra falhou de todas as suas boas promessas, feitas por intermédio de Moisés, seu servo” (I Rs. 8.56). As promessas de Deus não falham, por isso estamos certos que passarão céus e terra, mas Suas palavras não haverão de passar (Lc. 21.33).

3. CRISTO, A NOSSA PÁSCOA
Paulo identifica Cristo como a nossa páscoa, isso porque Jesus é o Cordeiro que foi imolado pelos nossos pecados (I Co. 5.7; Rm. 5.8,9). As igrejas locais se reúnem para celebrar a Ceia do Senhor. A Santa Ceia é um memorial, a fim de que, entre muitas atribuições eclesiásticas, não nos esqueçamos do principal, do sacrifício de Cristo na cruz (I Co. 11.23-25). Por ocasião da Ceia, utilizamos, simbolicamente, o pão que representa o corpo de Cristo (I Pe. 2.22-24), e o vinho, o sangue derramado do Senhor (Mc. 14.24). Esses elementos são simbólicos por isso não podem ser confundidos com o próprio corpo e sangue de Jesus (Jo. 6.35; 10.9), trata-se, portanto, de uma linguagem figurada. Essa deve ser uma observância continua para a igreja, ainda que não seja demarcada a frequência em que deve ocorrer (Lc. 22.14-20). A igreja cristã, desde o primeiro século, atentou para a prática do partir do pão (At. 2.42; 20.7; I Co. 11.26). É importante que a igreja mantenha a reverência por ocasião da celebração da Ceia, esse era um problema grave em Corinto, pois muitos membros da igreja não a levavam a sério (I Co. 11.29,30). Esse deve ser um momento solene, sobretudo de reflexão, a fim de demonstrar nossa identificação com o Cristo que por nós entregou Sua vida. Para evitar distorções no ato da celebração da Ceia, recomendamos: 1) sinceridade na apreciação (Lc. 22.17-19), não se trata apenas de alimentação, mas de percepção do valor do sacrifício de Cristo; e 2) autoexame para não nos tornarmos culpados e participantes daqueles que crucificaram o Senhor (I Co. 11.27). Ninguém se torna, por si mesmo, apto para a Ceia, é o sangue de Jesus, que nos torna aptos para tal. Não ceamos por causa dos nossos méritos, pois se assim fosse, ninguém poderia se aproximar da mesa (Ef. 2.8,9). Mas é preciso demonstrar contrição, reconhecimento do pecado, sobretudo arrependimento (I Jo. 1.9). A Ceia do Senhor é também um momento de irmandade, pois ao partir o pão demonstramos que somos um em Cristo (I Co. 10.16,17).

CONCLUSÃO
Os hebreus, diante da ameaça de Faraó, foram libertados pelo Senhor, com mão forte e braço estendido (Sl. 89.13). A percepção daquele ato libertador fez com que os hebreus, ao longo da sua história, celebrassem a páscoa. Os cristãos também têm motivos para celebrar, através da Ceia, a libertação que nos foi dada através de Cristo Jesus. Quando assim fazemos, apontamos não apenas para o passado, em relação ao que Ele fez,  também nos identificamos no presente com Ele, e demonstramos expectação em relação ao futuro, quando com Ele cearemos na eternidade (Mt. 26.29).

BIBLIOGRAFIA
HAMILTON, V. P. Exodus: an exegetical commentary. Grand Rapids: Baker Academics, 2011.
WEIRSBE, W. W. Exodus: be delivered. Colorado Springs: David Cook, 2010.

Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa

sábado, 18 de janeiro de 2014

LIÇÂO 3 AS PRAGAS DIVINAS E AS PROPOSTAS ARDILOSAS DE FARAÓ

INTRODUÇÃO
Moisés finalmente aceitou a missão e assumiu a posição de libertador, mas essa não seria uma tarefa fácil. Conforme estudaremos na lição de hoje, Faraó não considerou as palavras do Senhor, ordenando para que deixasse o povo ir. Pelo contrário, apresentou algumas propostas ardilosas, a fim de enganar o líder do Senhor. Mas a rejeição de Faraó serviu para que o povo israelita atestasse o poder do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Pretendemos, com esta aula, mostrar o poder de Deus, e ao mesmo tempo, a desmascarar as sutilizas do Inimigo.

1. FARAÓ DESCONSIDERA OS MILAGRES
A nação egípcia adorava muitos deuses, alguns deles cultuados pelos israelitas, que acabaram aderindo à fé daquele povo (Ez. 12.12). Esse foi um dos motivos pelos quais Deus precisou intervir, e demonstrar o Seu poder, não apenas para que os egípcios reconhecessem, mas também para que os israelitas se dobrassem perante a palavra do Senhor. Mesmo assim, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó não atentaram para as maravilhas de Deus (Sl. 106.7). Dentre essas maravilhas, destacamos os sinais da serpente, a transformação da água em sangue, e a invasão das rãs. Faraó, ao invés de se dobrar diante daquelas maravilhas, tratou-as com desdém, incitando seus magos a reproduzirem tais feitos. Isso mostra que desde muito tempo Satanás tem o poder de realizar sinais e prodígios da mentira (II Ts. 2.9,10; Mt. 24.24; Ap. 13.11-15). Paulo nomeia esses magos, “Janes e Jambres”, e os caracterizam entre aqueles que resistem à verdade, substituindo-a pelo engano (II Tm. 3.8). Satanás imita o evangelho de Cristo (Gl. 1.6-9), utilizando-se dos falsos mestres (II Co. 11.13-15). A transformação da água em sangue foi a primeira praga que Deus enviou sobre os egípcios. Na proporção que Faraó desconsiderava as calamidades elas iam se tornando cada vez mais graves. Os magos do Egito fizeram o mesmo utilizando água de um poço, mas se mostraram incapazes de reverter a praga divina. Diante da relutância de Faraó, o Senhor enviou abundância de rãs (Sl. 105.30), mostrando que Ele, e não Hecate, o deus da fertilidade egípcio, estava no comando. O coração de Faraó continua endurecido, principalmente depois que os magos imitaram os sinais (Ex. 8.19-22). Uma pessoa de coração endurecido se expressa como Faraó: “Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz?” (Ex. 5.2).

2. AS PRAGAS DIVINAS DIANTE DA DUREZA DE FARAÓ
Diante da dureza de coração de Faraó Moisés anuncia que Deus enviaria uma grande peste sobre os animais do Egito (Ex. 9.1-7). A mensagem profética se cumpriu e todos os animais morreram, escaparam somente os animais pertencentes aos hebreus, que viviam na terra de Gósen. Mesmo assim Faraó não permitiu que o povo seguisse adiante, ele se negou a temer a Palavra de Deus, a consequência, como sempre, foi o mal (Pv. 28.14). A praga seguinte não teve qualquer aviso, Moisés e Arão se dirigiram aos fornos de cal, e jogaram cinzas no ar, transformando-as em úlceras, que atingiu os egípcios e seu gado (Ex. 9.8-12). Mas Faraó mostrava-se insensível ao sofrimento do povo, pensava apenas em suas regalias, e na manutenção do seu poder. Em seguida, Deus envia uma praga mais terrível, uma chuva grande de pedras, como nunca houve no Egito (Ex. 9.18). Posteriormente, Deus envia trovões e chuvas, granizo e raios, que corriam pelo chão (Ex. 9.33). As consequências foram drásticas, os animais morreram, e a plantação destruída. Como qualquer governante ardiloso, Faraó mandou chamar Moisés e Arão, e demonstrou arrependimento, em virtude da destruição da sua terra (Ex. 10.17). Moisés sabia que aquele homem não temia a Deus, estava apenas tirando proveito da situação. Essa é uma lição para a qual devemos atentar, principalmente nos dias que antecedem as eleições. Os políticos se aproximam das igrejas, a fim de agradarem os pastores, e seduzirem os incautos. Alguns deles, querem demonstrar identificação com os evangélicos, saúdam como se fossem crentes, leem trechos das Escrituras, tudo para causarem boa impressão. Esses, no entanto, não temem ao Senhor, não têm compromisso com o povo de Deus, nem mesmo com a comunidade, querem se eleger apenas para garantirem suas regalias.

3. AS PROPOSTAS ARDILOSAS DE FARAÓ
A fim de manter o povo de Israel cativo no Egito Faraó apresenta algumas propostas ardilosas a Moisés. Isso mostra como Satanás, com suas astúcias, tenta desvencilhar os servos de Deus do plano do Senhor. Tais propostas também revelam a astúcia dos governantes a fim de manter o povo cativo em seus interesses. Os discursos de muitos políticos da atualidade ecoam as falas daquele líder egípcio. A primeira proposta de Faraó estava fundamentada em um sincretismo religioso, o povo poderia adorar o Deus de Israel, e ao mesmo tempo, os deuses egípcios (Ex. 8.28). Mas o Deus de Israel não divide a sua glória com outros deuses, principalmente porque Ele mesmo havia separado aquele povo para adorá-Lo (Lv. 26.26). Essa tem sido uma prática evidente no cristianismo contemporâneo, muitos líderes estão fazendo concessões em relação ao engano a fim de serem aceitos na sociedade. Jesus é o único caminho, é a verdade e a vida, ninguém pode se aproximar de Deus se não for por Ele (Jo. 14.6). Como bem lembrou Pedro, em seu discurso em Jerusalém em nenhum outro há salvação, somente em Jesus (At. 4.12). Como diz o ditado, todos os caminhos levam à Roma, mas há apenas um que conduz ao céu, e esse é Jesus Cristo. A segunda proposta de Faraó foi a de que o povo não fosse muito longe (Ex. 8.28). As estratégias de Satanás, e de alguns líderes tiranos, é a de que não nos afastemos dos seus interesses. Eles não se importam em fazer concessões, abrem mãos do supérfluo, mas não do que consideram mais importante. Satanás detesta mudanças significativas, ele não admite mudanças drásticas (Tg. 4.4,5; I Jo. 2.15). A mulher de Ló é um exemplo de alguém que sai do lugar, mas não deixa que o lugar saia dela. Ela abandonou geograficamente a cidade de Sodoma, mas em seu coração os prazeres daquele local a acompanhavam (Gn. 19.17,26; Lc. 17.32). Na terceira proposta Faraó sugeriu uma divisão nas famílias, apenas os mais velhos partiriam, os mais novos permaneceriam no Egito (Ex. 10.7). Isso mostra que as famílias hebreias eram organizadas, e viviam em harmonia (Ex. 6.14-19). A fragmentação familiar seria uma estratégia utilizada por Faraó para atingir os valores daquele povo. Nos dias atuais as famílias têm sido solapadas por valores satânicos que estão sendo repassados pelas mídias, e patrocinados pelos governantes. As famílias cristãs, mesmo diante dos ataques, devem permanecer alicerçadas dos fundamentos exarados na Palavra de Deus (Ef. 6.10-18). A quarta proposta de Faraó tinha a ver com a aceitação da calamidade, o líder egípcio admitia a tragédia, contanto que o povo permanecesse (Ex. 10.21-23). Muitos governantes agem de igual modo, principalmente no período das eleições, ao invés de socorrer o povo, tiram vantagem da desgraça. Há aqueles que acham que quanto pior melhor, para cooptarem o povo na manutenção dos seus interesses. Por fim, Faraó propôs a ida do povo hebreu, mas se ficassem as ovelhas e as vacas (Ex. 10.24). Essa proposta reflete o foco em mercadoria, e menos nas pessoas, bastante comum nessa sociedade que somente ver bens, e não o bem das pessoas. Mamom, o deus deste século, está destruindo muitas vidas, o deus-mercado é quem determina as regras e os relacionamentos (Mt. 6.24).

CONCLUSÃO
Faraó, como alguns governantes que conhecemos, despreza a Palavra de Deus, a menos que essa satisfaça seus interesses. Satanás tem usado vários desses para seduzirem a igreja, com suas propostas ardilosas, substituindo a verdade pelo engano. Mas nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra as potestades do Inimigo, por isso, devemos permanecer firmes, com toda, para resistir no dia mau (Ef. 6.10-12). E como fez Faraó, não devemos endurecer nosso coração, antes ouvir a voz do Senhor (Hb. 3.7,8), pois dura coisa é cair nas mãos do Deus vivo (Hb. 10.31).

BIBLIOGRAFIA
MOTYER, J. A. The message of Exodus. Leiscester/Downers Grove, IVP, 2005.
WEIRSBE, W. W. Exodus: be delivered. Colorado Springs: David Cook, 2010.
 
Prof. Ev. José Roberto A. Barbosa

sábado, 11 de janeiro de 2014

Senadores que votaram contra e a favor do PLC 122


O Plenário do Senado aprovou no dia 17 de dezembro, com 29 votos favoráveis, 12 contrários e 2 abstenções, requerimento do senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) para que o PLC 122/2006, que dava privilégios a homossexuais, seja apensado, ou seja acrescentado, ao projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012).
Veja a relação completa sobre a votação:


Lição 2: Um Libertador para Israel


INTRODUÇÃO
Um líder cristão não é feito da noite para o dia. É preciso que sua liderança seja amadurecida pelo tempo. Na lição de hoje, veremos que Moisés foi preparado lentamente pelo Senhor ao longo dos anos até que se tornasse o libertador do seu povo. Moisés era um homem manso e ao que parece não era muito eloquente, porém Deus viu que ele seria obediente e capaz de libertar o seu povo da escravidão egípcia. [Comentário: Dando sequência ao estudo do livro do Êxodo, hoje veremos a chamada de Moisés para ser o libertador de Israel. Moisés passou os primeiros quarenta anos de sua vida (At 7.23) trabalhando para o governo egípcio. (Alguns estudiosos acreditam que ele estava sendo preparado para tornar-se Faraó.) O Egito parece o lugar menos provável para Deus começar a treinar um líder, mas os caminhos do Senhor não são os nossos caminhos. Mesmo tendo recebido uma educação especial, ainda não estava pronto para liderar a nação de YAHWEH. Sua formação no Egito e o tempo no deserto, pastoreando as ovelhas de seu sogro, fizeram dele o homem escolhido por Deus para uma obra sem igual. Como cristãos, somos desafiados a usar nossos talentos pessoais em prol do Reino de Deus, e isso inclui buscar uma formação sólida e coerente. Dwight L. Moody comentou sabiamente que "Moisés passou seus primeiros quarenta anos pensando que era alguém. Os segundos quarenta anos passou aprendendo que era um ninguém! Os últimos quarenta anos ele os passou descobrindo o que DEUS pode fazer com um ninguém]. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I. MOISÉS — SUA CHAMADA E SEU PREPARO (Êx 3.1-17)
1. Deus chama o seu escolhido. Quando o Senhor escolheu e chamou Moisés para libertar seu povo, ele estava pastoreando ovelhas — um excelente aprendizado para quem mais tarde iria ser o pastor do povo de Deus, Israel (Sl 77.20). É Deus que chama e separa aqueles que vão dirigir seu rebanho, e Ele continua vocacionando e capacitando para o santo ministério. O Senhor chama, mas cabe ao homem cuidar do seu preparo para ser útil a Deus. O que muito nos edifica no versículo seis é Deus identificar-se não somente como “o Deus de Abraão e o Deus de Isaque”, mas igualmente como “o Deus de Jacó”. Ele é, portanto, o Deus de toda graça, compaixão e paciência, uma vez que Jacó teve sérios incidentes negativos na sua vida em geral (1Pe 5.10; Jo 1.14,16). [Comentário: Deus escolhe pessoas capacitadas para fazer a sua obra? Com certeza. Não há referências na Palavra de Deus que indiquem que Ele despreza talentos pessoais ou a experiência adquirida por seus servos. Saulo era versado em três línguas diferentes, e as utilizou para falar de Jesus em suas viagens missionárias. Mateus era um cobrador de impostos, e utilizou seus conhecimentos para escrever seu Evangelho. Davi era um combatente, mas também era um poeta que compôs diversos cânticos de adoração ao Senhor. Daniel era um profeta, mas também era um estadista. Portanto, entenda que Deus utiliza nossos recursos em prol do seu Reino. Deus capacita pessoas para a sua obra? Com certeza. Ninguém pode dizer que está totalmente pronto para dar passos definitivos na caminhada com Deus. Elias, o tisbita, ressuscitou um menino morto, mas para isso teve de passar uma temporada no anonimato em Querite, sendo mantido por corvos, e depois que o ribeiro secou, foi direcionado por Deus para ficar uma temporada sendo mantido por uma viúva pobre em Sarepta, uma localidade de Sidom, terra natal de Jezabel. Ele foi capacitado por Deus para os desafios que enfrentaria.].
2. O preparo de Moisés (Êx 3.10-15). Moisés foi chamado e recebeu treinamento da parte de Deus para que cumprisse sua missão com êxito. Deus ainda chama e prepara seus servos. Talvez Ele o esteja chamando para a realização de uma obra. Qual será sua resposta? Moisés experimentou o silêncio e a solidão do deserto em Midiã (Êx 3.1). Em sua primeira etapa de 40 anos de vida viveu no palácio real e frequentou as mais renomadas universidades. O conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto. [Comentário: Moisés foi educado em toda a ciência do Egito, a nação mais desenvolvida em sua época, preparado para ser Faraó, conforme alguns estudiosos, contudo, essa educação ainda não o tornava apto a liderar o cativo Israel. Era necessário outro período preparatório que duraria outros quarenta anos, ele deveria adquirir experiência no deserto, a experiência do cuidado do que não lhe pertencia, ele precisava se tornar o homem mais manso sobre a Terra. Nesse segundo período, deixou de ser príncipe para ser pastor. Deixou de ter poder para aprender a ser subordinado. “…Deve ter sido uma grande mudança para Moisés, depois de 40 anos na corte de Faraó, passar outros 40 anos no deserto. Mas não foi um tempo perdido — eram necessários estes dois primeiros períodos para fazer Moisés pronto para a grande vida dos últimos quarenta anos. Ele tinha de ser um príncipe e tinha de ser um pastor, pois ele deveria ser tanto um legislador quanto um pastor para o povo de Deus. Era necessário que ficasse bem solitário. Ele tinha de ter muitas conversas solitárias com o seu próprio coração. Ele tinha de sentir a sua própria fraqueza. E isto não foi nenhuma perda de tempo para ele — ele fez mais nos últimos 40 anos porque gastou 80 anos em preparação! Não é tempo perdido o que um homem gasta em pôr sua armadura antes de ir para a batalha, ou o que um ceifeiro gasta em afiar sua foice antes de cortar o milho…” (SPURGEON, Charles. Exposição de Ex.3, p.6. Disponível em: http://www.spurgeongems.org/vols61-63/chs3540.pdf Acesso em 03 dez. 2013, citado pelo Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco, disponível no Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br). Quando assumiu a missão de conduzir os israelitas pelo deserto, Moisés já havia sido preparado pelas universidades egípcias e pelo próprio Todo-Poderoso. O Deus que levantou Moisés não mudou, Ele continua a levantar e preparar pessoas para serem usadas na sua obra. Você está disposto a servir mais a Deus? ].
3. O objetivo da chamada divina (Êx 3.10). O propósito divino era a saída do povo de Israel do Egito liderada por Moisés. Deus pode, segundo o seu querer, agir diretamente. Contudo, o seu método é usar homens e mulheres junto aos seus semelhantes. Hoje, em relação a muitas igrejas, Deus está dizendo à seus dirigentes: “Tira o ‘Egito’ de dentro do meu povo”. É o mundanismo entre os crentes, na teoria e na prática; no viver e no agir, enfraquecendo e contaminando a igreja. É Israel querendo voltar para o Egito (Êx 16.3; 17.3). Deus com mão poderosa tirou Israel do Egito, mas não tirou o ‘Egito’ de dentro deles, porque isso é um ato voluntário de cada crente que, quebrantado e consagrado, recorre ao Espírito Santo. “Certamente eu serei contigo” (v.12). Isso era tudo o que Moisés precisava como líder espiritual do povo de Deus. Hoje, muitos já perderam essa divina presença em sua vida e em seu ministério, por acharem que são alguma coisa em si mesmos, daí, a operação do Espírito Santo cessar em sua vida. Paulo exclamou: “Nada sou” (2Co 12.11). Tudo que temos ou somos na obra de Deus vem dEle (1Co 3.7). [Comentário: Moisés foi chamado por Deus quando estava vivendo em Midiã, com seu sogro Jetro. Ele chegara a Midiã aos 40 anos, fugido do Egito, e agora, aos 80 anos, quando cuidava das ovelhas do sogro, tem um encontro com Deus. Moisés foi chamado por Deus em uma fase da vida em que, aos olhos humanos, poderia se aposentar e aproveitar os poucos anos que lhe restariam sem se aborrecer. Mas aqui reside um principio divino: Deus não depende de nossa faixa etária para nos convocar a ser úteis para Ele. Com certeza havia pessoas mais jovens e mais dispostas a fazer o que Moisés faria, mas Deus escolheu Moisés para aquela missão. Deus não apenas escolhe as pessoas para determinadas obras, mas também as convoca. De que adianta ser escolhido por Deus e não ser informado dessa chamada? Como Deus faz tudo de forma perfeita, Ele mesmo se encarregou de falar com Moisés de modo sobrenatural e convincente. (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 16-17).].
II. AS DESCULPAS DE MOISÉS E A SUA VOLTA PARA O EGITO
1. O receio de Moisés e suas desculpas. O Moisés impulsivo que matou o egípcio e o enterrou na areia já não existia mais. Ele havia sido mudado e moldado pelo Senhor, e agora precisava crer não no seu potencial, mas no Senhor que o chamara. Ao ser chamado pelo Senhor para ser o libertador dos hebreus, Moisés apresentou algumas desculpas — “eles não vão crer que o Senhor me enviou”; “não sou eloquente”. Quantas desculpas também não damos quando Deus nos chama para um trabalho específico? As escusas de Moisés, assim como as nossas, nunca são aceitas pelo Senhor, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser. Se o Senhor está chamando você para uma obra, não tema e não perca tempo com desculpas. Confie no Senhor e não queira acender a ira divina como fez Moisés, que tentou protelar sua chamada dando uma série de desculpas a Deus (Êx 4.14). [Comentário: Embora Moisés peça a Deus para que envie alguém outro, ele não está livre de sua responsabilidade. Deus, no entanto, muda a sequencia da comunicação. Deus falará a Moisés e Moisés falará a Arão. Arão, então, falará ao povo. Moisés é o agente do povo e Arão é o porta-voz de Moisés. Suas desculpas não alteraram o plano divino para ele. Quando Moisés afirma: “Ah! Senhor!” está reconhecendo que Deus tem o direito de comandá-lo; e outra vez: “Não sou homem eloquente... sou pesado de língua”, está alegando que ele seria inadequado para argumentar de modo persuasivo ou confrontar alguém, seus argumentos eram fracos. Ele alega ainda, que sua perspectiva de que seu problema já vem de antes e que o seu encontro com o Senhor não mudou a situação. Notemos que Deus, então, faz uma promessa a Moisés, idêntica a de Mt 10.19-20,. Quando não soubermos o que dizer, Deus concederá ousadia e palavras apropriadas.].
2. Deus concede poderes a Moisés. A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9). Da mesma forma Deus ainda demonstra sinais para nos mostrar o seu poder e a sua vontade. [Comentário: Os sinais dados a Moisés eram por sua causa, para provar que Deus estava com ele. Frequentemente, sinais ou milagres são dados para provar que Deus está em cena a favor de seu povo. Moisés recebeu três sinais de Deus para comprovar seu chamado divino: uma vara é transformada em cobra e então novamente em vara; uma mão é tomada pela lepra e então curada; um copo cheio de água do Nilo, ao ser derramado na terra, transforma-se em sangue (4.2-9). Os dois primeiros, ao menos para Moisés, devem ter sido assustadores. George Knight comenta: “Deus precisou sacudir de Moisés seus raciocínios egoístas. Moisés precisou aprender que ninguém menos que Deus o chamava para fazer coisas absurdamente difíceis”.Em Atos 1.8 temos uma promessa: “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo; e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Essa é uma promessa para nós hoje. Se você também é “pesado de língua”, como Moisés, e tem dificuldade em falar do evangelho, o Espírito Santo capacita com ousadia e coragem necessárias. Se eu estou falando aqui hoje, eu que sou uma pessoa super tímida, é porque o Espírito Santo me capacita, como capacita cada um dos professores, cada um dos que sobem ao púlpito, e capacita você também, desde que busque a presença d’Ele. Deus nos capacita em todas as coisas que estamos envolvidos. Observe que Deus disse a Moisés que seria com ele. Deus sabia das limitações daquele homem, mas garantiu-lhe que o acompanharia. Essa é uma promessa que nos deve fazer refletir, pois não raro, dependemos de muitos fatores para nos sentirmos seguros para fazer a obra de Deus, como recursos, pessoal e tempo. E do que realmente precisamos? Da companhia de Deus. Sem ela, nossos recursos, por mais que se mostrem abundantes, serão insuficientes. Com a presença de Deus, os recursos, por mais escassos, tornam-se instrumentos de abundância e de milagres diariamente].
3. O retorno de Moisés. Moisés não revelou ao seu sogro Jetro o que ele faria no Egito. Ainda não era a hora certa para isso. O líder precisa saber o momento adequado para revelar seus projetos. Entretanto, Moisés não poderia partir sem o consentimento de sua família, assim ele disse a Jetro que iria ao Egito rever seus irmãos: “Eu irei agora e tornarei a meus irmãos que estão no Egito, para ver se ainda vivem” (Êx 4.18). Jetro prontamente liberou Moisés dizendo: “Vai em paz”. Moisés não saiu sem a bênção dos seus parentes. Para realizar a obra de Deus o líder precisa ter o apoio e cooperação da sua família. Se você ainda não o tem, ore a Deus nesse sentido. [Comentário: Embora Deus pudesse ter livrado Israel diretamente por uma palavra, preferiu fazer sua obra por seu servo. Disse Deus a Moisés: “Eu te enviarei a Faraó”. Moisés foi incumbido de ir à presença do orgulhoso rei e tirar Israel do Egito sob a direção de Deus. A princípio, Moisés contestou o plano de Deus usá-lo. Viu: a) sua incapacidade: Quem sou eu?; e b) a impossibilidade da tarefa: E tire do Egito os filhos de Israel?. O príncipe que há quarenta anos era confiante em si mesmo agora temia a tarefa. Era mais sábio no que concerne à capacidade humana de ocasionar a libertação, mas ainda tinha de aprender o poder de Deus. Como é frequente hesitarmos quando olhamos para nós mesmos — ato que devemos fazer; mas não precisamos ter medo quando olhamos para Deus! Certamente eu serei contigo sugere que quando Deus escolhe um mensageiro, Ele não se baseia na habilidade do indivíduo, mas na submissão deste à vontade de Deus. Deus assegurou a Moisés que ele e o povo serviriam a DEUS neste monte depois que Israel fosse libertado do Egito. A expressão: Isto te será por sinal, está corretamente traduzida (Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 146).. Em Êx 2.18, o nome do sogro de Moisés aparece como Reuel. Ver as notas em Êx 2.16-18 quanto ao problema da aparente confusão de nomes próprios. Talvez Reuel fosse o pai de Jetro. O lado ocidental do deserto. Essa era a estreita faixa de terra fértil que ficava por trás da planície arenosa, estendendo-se desde a serra do Sinai até as praias do golfo Elanítico. Aqui vale lembrar que os midianitas eram descendentes de Abraão por meio de sua segunda esposa Quetura e, assim, tinham parentesco com Moisés. Moisés, já incumbido de sua missão, volta até seu sogro para dizer adeus (um tanto diferente da separação entre Jacó e Labão!) e segue para o Egito.].
III. MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (Êx 5.1-5)
1. Moisés diante de Faraó. Chegando ao Egito, Moisés e seu irmão Arão procuraram Faraó para comunicar-lhe a vontade de Deus para o povo de Israel. Quão difícil e arriscada era a tarefa de Moisés. Após o encontro que já tivera com Deus, ele estava preparado para apresentar-se ao rei do Egito. Faraó recusou de imediato o pedido de Moisés. Além de recusar deixar o povo ir embora, Faraó agora aumenta o volume de trabalho do povo (Êx 5.8,9). Moisés fez tudo como Deus lhe ordenara, porém, sua obediência não impediu que ele e seu povo sofressem. Talvez você esteja realizando alguma obra em obediência ao Senhor, mas isto não vai impedir que surjam dificuldades, problemas e aflições. Esteja preparado. Não podemos nos esquecer de que “por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.22). Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos às dificuldades (Jo 16.33). [Comentário: No capítulo 4.27-31, Moisés é recebido de volta e se reúne com todo o povo em um culto de adoração e louvor. Moisés e Arão, então, foram até Faraó e disseram aquilo que Deus lhes havia mandado dizer: “Assim diz o Senhor Deus de Israel; deixa ir o Meu povo para que Me celebre uma festa no deserto” (Ex 5.1). Era isto que Deus havia mandado Moisés dizer a Faraó como se lê em Ex 3.18. O Faraó era um homem idólatra e despótico. Reagiu às demandas de Moisés exibindo ambos esses defeitos. De imediato ficou claro que a tarefa consumiria muito tempo e muita luta. Ele é totalmente indiferente aos apelos de Moisés (5.3). Ao afirmar: “Não conheço o Senhor”. Faraó quer dizer que não reconhece sua autoridade. Sua declaração parece ser uma combinação de desafio e ignorância. Um Faraó anterior não “conhecera” José (1.8) e aquele Faraó não “conhecia" Jeová como Jeová, tal qual os patriarcas que, conforme 6.3, são impedidos de “conhecer” Jeová como Jeová. Para piorar tudo, a carga de trabalho exigida dos hebreus foi aumentada de maneira absurda (5.4-18). Como seria de se esperar, os hebreus ficam profundamente ressentidos com seu suposto libertador (5.19-21). Que mudança de ânimo! Num dia, lisonja no outro, repúdio. Diante de um outro libertador, um dia o povo diria: “Hosana”; e então, no dia seguinte: “Crucifica-o!” Observe a aspereza das palavras de Moisés para Deus nos versículos 22,23. Em sua raiva e perplexidade, ele dá início a uma tradição de dizer a verdade em oração, novamente verificada em alguns salmos de lamento (SI 73, por exemplo) e nas “confissões” de Jeremias (Jr 12.1-6; 15.16-18; 20.7). (VICTOR P. HAMILTON. Manual do Pentateuco. Editora CPAD. pag. 162-169).].
2. A queixa dos israelitas (Êx 5.20,21). O povo hebreu fica descontente com Moisés e Arão e logo começam a murmurar. Certamente todos esperavam que a saída do Egito fosse imediata. Mas este não era o plano de Deus. Moisés, aflito com a piora da situação, busca o Senhor e faz várias indagações. Quem de nós em semelhantes situações, estando em obediência a Deus, na vida cristã e no trabalho, já não indagou: “Por que Senhor?”. Moisés não conseguia entender tudo o que estava ocorrendo, mas Deus estava no controle. Às vezes não conseguimos entender o motivo de certas dificuldades, mas não podemos deixar de crer que Deus está no comando de tudo. [Comentário: O povo de Israel sentiu-se prejudicado pela intervenção de Moisés junto a Faraó. Na verdade, eles não sabiam que Moisés estava ali obedecendo a Deus, e que ele não tinha o desejo de fazer com que o sofrimento dos seus irmãos fosse aumentado. Esta deve ter sido uma prova dura para Moisés. Ele estava no Egito obedecendo à voz de Deus, falando com Faraó para que o povo fosse liberto, e como consequência o rei ordena que os hebreus trabalhem mais. Não é incomum que líderes se vejam nessa mesma situação: obedecem a Deus, mas não veem de imediato um fruto positivo de sua obediência. O que devemos saber é que obedecer a Deus não é uma garantia de que as coisas que se seguirão não serão alvo de investidas de Satanás. Além disso, os líderes devem entender que nem sempre o povo vai entender determinadas atitudes, mas que se estamos agindo de forma correta e dentro da vontade de Deus, Ele vai se responsabilizar por nos honrar no devido tempo. (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 22.)].
3. Deus promete livrar seu povo (Êx 6.1). A saída de Israel do Egito seria algo sobrenatural e esta promessa foi totalmente cumprida quando Israel, finalmente, saiu do Egito. Deus, nos seus atributos e prerrogativas, ia agora redimir o povo de Israel (v.6), adotá-lo como seu povo (v.7), e introduzi-lo na Terra Prometida. Todo o Israel, assim como os egípcios, teriam a oportunidade de ver o poder de Deus. [Comentário: Moisés estava à cata de uma solução rápida para um problema dificílimo. Ele tinha esperado fazer Israel sair do Egito com o simples ardil de levar 0 povo ao deserto num caminho de três dias (Êx 5.3), e, então, simplesmente desaparecer. Mas o truque não deu certo. O Faraó percebeu a artimanha. Moisés estava agora sem novas ideias. Mas o plano divino tinha muitas outras provisões guardadas na algibeira. (CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 323-324).. A promessa divina para com Israel não foi esquecida por Deus. Depois do encontro com Faraó e das reclamações dos hebreus, Deus diz a Moisés: “Agora verás o que hei de fazer a Faraó; porque, por mão poderosa, os deixará ir, sim, por mão poderosa, os lançará de sua terra” (Ex 6.1). Uma palavra de Deus em meio às adversidades e correntes contrárias é suficiente para que tenhamos a certeza de que Ele está conosco, e que se aguardarmos nEle, no devido tempo ele cumprirá o que prometeu. A demora na libertação não significava renúncia da promessa. Deus estava trabalhando em seus propósitos. Smith-Goodspeed traduz o versículo 1 assim: “Agora verás o que farei a Faraó; forçado por um grandioso poder ele não só os deixará ir, mas os expulsará da terra”. Outras dificuldades tinham de vir sobre Israel (5.19), mas a promessa de Deus ainda era certa. Deus se lembrou do concerto quando ouviu o gemido dos filhos de Israel por causa da escravidão. Ele não esqueceu; somente esperara até que os filhos estivessem prontos para cumprir sua parte no concerto. Deus ordenou que Moisés renovasse a confiança dos israelitas. Ele tinha de lhes dizer que seriam libertos da servidão egípcia, que Deus os resgataria com braço estendido (“ação especial e vigorosa”) e com juízos grandes sobre os opressores. Israel seria o povo especial de Deus e lhe daria a terra da promessa por herança (7,8)].
CONCLUSÃO
Na lição de hoje aprendemos como o grande “Eu Sou” escolheu e preparou Moisés para que ele libertasse seu povo da escravidão egípcia. Deus continua a levantar e preparar homens para a sua obra. Você está disposto a ser usado pelo Senhor? Moisés apresentou algumas desculpas, mas não foram aceitas. Não perca tempo com justificativas, mas diga “sim” ao chamado de Deus. [Comentário: Queridos irmãos, o grande “Eu Sou”, da mesma forma como fez com Moisés, escolheu-nos e preparou-nos para libertar os cativos, da mesma forma que Ele chamou Moisés para libertar os filhos de Israel do Egito, Ele comissiona cada um de nós para libertar os cativos do mundo através da pregação do evangelho. Marcos 16.15 diz: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. Será que estamos diante da sarça ardente dando nossas desculpas para não ir, para não dizimar, para não orar? Você está disposto a servir mais a Deus? O Senhor deseja usá-lo em sua obra para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado e da ignorância espiritual]. 
Fonte: Auxilio ao Mestre